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A vida real, para mim, é mais fascinante que a literatura estritamente cerebral. Truman Capote deu grande impulso à mescla de jornalismo com literatura, ao escrever “A sangue frio', uma reportagem sobre um crime de grande repercussão, redigida com a meticulosidade da alta literatura. Se o fato bruto, básico, ocorreu, fico curioso. Não tenho o menor interesse pelo realismo fantástico, elefantes que voam e coisas do tipo. A vantagem da vida real, sobre a literatura totalmente ficcional é que nesta o autor, contista ou romancista — mesmo realista —, utiliza apenas o que seu cérebro guardou na memória e depois tenta combinar suas lembranças, ou cacos delas, em forma lógica e atraente, procurando, se possível, não afrontar a lógica. Já a realidade não tem a mínima “intenção' de ser aceitável, coerente. Isso porque o mundo real é totalmente livre, segue forças próprias. A vida real não se preocupa com a hipótese de “afrontar' a lógica, mesmo porque nem sabe o que é isso. O que ocorreu, ocorreu, acredite quem quiser. Alguns anos atrás escrevi o conto “Mordida de cachorro', um fato da vida real, que tinha sua faceta cômica, embora tenha resultado em um inquérito. Esse conto consta no meu livro “Tragédia na Ilha Grega'.
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